quinta-feira, 5 de abril de 2012

Rio

Caminho. Minhas mãos apontam o chão - denúncia?- meus passos lentos leentos leeentoss Cadê meu olhar perdido?- o chão revela?!- em minha boca um gosto de quê? Caminho e nada há de se salvar ao final nem meus pensamentos idiotas que a todos afastam nem os cabelos esvoaçados que assim o vento fez
O olhar achei vários morcegos enquanto a lua nascia e dele nada lembro senão fotos fatos Machado e um menino pescando sem o pai- Cadê Cadê Cadê aquele que eu focava enquanto a-areia-me os pés??- se foi
Porque foi tolice minha pensar que um menino poderia me manter de pé no momento em que a onda viesse
Esperei esperei por quanto tempo, meu Deus? e veio num abraço sem pressa sem tempo e pude fechar os olhos, pena que ele não viu. Quase nunca fecho os olhos é perigoso olhar lá dentro da caixa-preta da arabesque do abismo e então caí justo no momento em que andaria ao seu lado, pena que ele não viu. Fiquei e ninguém notou- Cadê Cadê Cadê a mãe?! Espera! Não! Tudo bem...
Do amor quase abortado pelo menino que se foi, fica o olhar na madeira do chão que as mãos apontam desapontam e tornam a apontar

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