quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Nos mudamos

Você me diz a mesma coisa, na esperança de uma resposta que nunca dou. "Depois do Carnaval quero namorar", você diz. "Posso te apresentar umas amigas, se você quiser." Não era isso, de novo não te digo que aceito, que largo tudo se você me pedir. Mas foi diferente, não foi? O contato desinteressado dos nossos corpos foi interessante, com mais contato, com um pedido urgente meu de uma duração maior, com carinho. Você, em contra partida, me dá aquilo de que necessito: um abraço apertado (e já não era medo...). Se quero te dizer sim?! Tenho em mãos a senha número 001, para ser a primeira e única a ser entrevistada rsrs
Perdão pelo profissionalismo ao levantar da cama precocemente e ir ajeitar meu cabelo, mas não sabia o que fazer, seu corpo ali ao alcance da mão... e nada do que digo se identifica em mim, essas palavras são a pele morta que cai de mim no banho, o que dizer, então? Penso que agora o silêncio me fala mais de nós dois do que tudo isso que tento escrever, mas penso. Penso em você na quantidade de água que bebo e no estranho costume de ficar em frente à BCE depois que ela abre. E rio feliz de ter o prazer desses pensamentos.
Foi diferente... de abraço, corpo e alma, obrigada!

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