Do I like her? Do I? The imediate answer is no, it's impossible. But, then, I remember her hair, and the color of her eyes. Não... o problema é o que ela me faz sentir sobre mim, não sobre ela. Me reflito no espelho que ela se torna e o que vejo me faz reflexiva. Já fui espelho de muitos, mas nunca antes tinha tido um espelho ante mim, ajoelhado, me implorando um olhar misericordioso. O que vejo? Vejo Diu, aquilo que dele criei e ao que me agarrei nos meus momentos macabros... vejo suas mãos firmes e olhar distante, vejo o que ele absorveu de Will Graham. Tudo isso é meu agora, sou Diu no instante em que olho para ela e sorrio, placidamente, sabendo de sua agonia. Vejo minha incapacidade de sentir qualquer coisa, nem amor, nem raiva... somente indiferença (que acaba quando me deito na cama de Diu e fecho os olhos). Então é isso: a fria superfície que me reflete também vem de mim, sua dureza, sua imparcialidade. Do que me adianta, então, fechar os olhos e fingir que não me observo se todo quarto trinca congelado? Mas o que vejo dentro do peito? Uma chama que ainda esquenta, que ainda sussurra algo maravilhoso e surpreendente: ela só existe porque é reflexo. Por isso não me afasto do espelho, porque o pouco calor que recebo é ilusão, mas me mantém viva.
O que isso significa não sei, seu nome esqueci, só me contemplo Diu, com seus olhos de águia, que perdeu sua parceira, e agora está fadado ao isolamento sentimental. Diu com seu corpo que nada revela de sua natureza intelectual. Diu em cujo peito quente consegui encostar minha cabeça, finalmente!, e descansar do mundo, do espelho, de mim...
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