Disseram: hoje assim ao ver-me triste: "Parece Sexta-Feira de Paixão. Sempre a cismar, cismar de olhos no chão, Sempre a pensar na dor que não existe…"
Ah, se eu pudesse revelar a dor que carrego cá comigo, um oceano se tornaria gota. E, se, por acaso, não fosse amor (o que é provável) e rapidamente o meu maior-que-o-oceano secasse, o que eu mostraria ao mundo? Porque se choro minha dor aqui é para que ele-meu-mundo saiba o estrago que me causa sua ausência e silêncio, ou não? Será que me engano?
Disseram que o Amor não existe. Que nunca existiu.
Disseram que estou no tempo de produção, de exploração das minhas habilidades. Discordo. Estou no tempo de observar as mudanças em mim e delas desvendar minhas veredas (clichê).
Disseram que se não há ninho, não há risco do passarinho ser derrubado. Mas se não houver ninho, não há também a promessa de re-novamento da vida e sua perpétua-ação.
Quis chorar, mas percebi que era tarde demais. A dor havia ressecado o maremoto do meu coração.
Há uma corrente de vida em mim que não se contém em me ver abalada, desmoronando em troco de nada. Ela grita e se contorce, me faz virar os olhos e abrir a boca. Já não há som, só a mímica que persiste e afoga minha alma na vida rosa-choque vibrante.
LISTA DE DETALHES SONHOS QUE JÁ VIVI:
*subi no meio-fio para beijar alguém;
*fiz pedido para estrela cadente e se realizou;
*bebi cerveja na boca de outra pessoa;
*ouvi Caetano Veloso no meio da chuva;
*comi em restaurante chique e depois fui para o Parque da Cidade ver o pôr-do-sol;
*vejo dentro dos meu olhos um céu estrelado e o rosto de B... me olhando com carinho;
*recebi resposta do meu pedido para 2012 enquanto o fazia;
*passei a noite acordada deitada em um colchão na sala da pousada com o B.;
*tomei sorvete com M... no centro;
*senti o perfume de D... no vento;
*ganhei Serenata de Amor e Bis de pessoas especiais;
*dei estrelinha na praia;
*encontrei a Stella em Ilhéus;
*tenho amigos eternos;
*me compararam à Amelie Poulain;
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