Li um livro há alguns dias, "Trabalhadores do Mar", de Victor Hugo. Bela a história. Não, não é sobre o livro q falarei, é da pergunta que ainda me dá nós sobre nós na garganta: "será que você ainda pensa em mim?". Março começa em mim com um gosto de suspense, não tenho certeza de mais nada. Tudo é turvo e barulhento, como a tempestade nas Douvres. Ao mesmo tempo em que o mar ameaça e geme, traz consigo aquela tranquilidade que somente o mar o pode fazer: seu gemido entra em consonância com o da alma, e, por instantes, se tornam um só. É exatamente dessa paz que escrevo. Gilliatt deu o melhor si, aquilo que só se é dado uma vez na vida, os 35 presentes e uma vida inteira de respeito e admiração, e morreu como rei daquilo que dominou com dificuldade, o mar. Assim queria ser eu, mas parei na metade do caminho e me fiz pedra. Agora rolo de uma relação à outra, sem nunca me deixar tocar. Faço bem? Já não sei. Amar como Gilliatt é o novo desafio que me move, porém receio fracassar como o fiz com a Rosa, de O Pequeno Príncipe. Não soube aprender a amar sem ferir. Gilliatt é minha luz.
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